metro


Lá estava eu, mais um dia no metrô descendo as escadas rolantes da estação Marechal Deodoro, me aprecei para que chegasse a tempo. As portas estavam prestes a se fechar quando eu entrei ao entrar, arrumei a mochila em minhas costas e quando olhei para as cadeiras do vagão percebi uma peculiaridade que jamais havia visto: havia eu e mais um senhor sentado em uma cadeira com um guarda-chuva ao lado, fazendo uma palavra cruzada no jornal. O homem aparentava ter pouco mais de 60 anos e parecia ter origem asiática. “Pinpon” “Estação Santa Cecilia, desembarque pelo lado direito do trem”, eu tinha que descer na Sé e por incrível que pareça, ninguém havia entrado na Santa Cecília e o senhor continuava sentado, fazendo a palavra cruzada.
 O vagão balançou e eu me desequilibrei. Rapidamente, segurei em um dos canos que se sustentavam no teto, quando ouvi “Pinpon, estação Anhangabaú, desembarque pelo lado esquerdo do trem” Agora sim, o metrô estava lotado agora as pessoas suadas esfregando seus sovacos em mim, se empurrando como um rebanho de bois, aquilo estava um caos.
 por sorte, agora faltavam poucos segundos para eu chegar  a minha estação, olhei para os lados e não vi o senhor, os vagões estavam fechados, mas aquele senhor não poderia simplesmente ter sumido. “Pinpon, Sé, desembarque pelo lado direito do trem.” chega minha hora, terei que ir embora e aquele homem saía da minha mente, as portas se abriram e eu sai, olhei para os lados e vi o jornal com a palavra cruzada do senhor e fiquei imaginando, para onde e como aquele velho teria sumido

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